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A pobreza é para todos!

Posted by Odir Macêdo Neto on 13:51
Belém, 6 de novembro de 2010.

Hoje vou concordar com o ditado que diz que "uma imagem vale mais que mil palavras"; mas só por hoje.


Certamente..., ela é para todos.

Créditos da foto à Cidon, ou melhor, à conhecida da Cidon. Nous ne parlons pas français, ainda!

Até algum outro tempo, de alguma outra foto, quem sabe.

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Há tempos de fúria

Posted by Odir Macêdo Neto on 17:27 in , , ,
Belém, 23 de outubro de 2010.

Há tempos de fúria dentro de mim. Há tempos de raiva, de descontentamento com o universo, de inexplicável revolta, de infantil instabilidade da mentalidade que nos conduzem a estupidez e ao extremo dos sentimentos inúteis. Inúteis aqui eu falo por só fazerem o mal, mas são válidos, uma vez sentidos. Saindo um pouco da discussão da inutilidade do sentimento, voltemos ao motivo que está me guiando à questão que nos torna a mais humana das criaturas: a fúria e a susceptibilidade da nossa carne em senti-la, e a fragilidade da nossa alma em sofrer com ela.

Lembrando ao que ler que o conteúdo do post não condiz com o estado de espírito do escritor, mas com o momento de espírito do que está escrevendo.

Eu consigo sentir dentro de mim uma vontade de me negar a fazer tudo aquilo que me falam para fazer. Eu sinto o desejo de uma vez ou outra, chegando à frequência do sempre, poder correr atrás daquilo que eu quero, poder viver aquilo que eu prezo, poder não fazer aquilo que eu quero por opção minha e não porque me podaram as capacidades. O desejo de quebrar convenções, paradigmas, dogmas e conceitos... Bem, isso é clichê, e dizer que alguma coisa é clichê é o ápice dos clichês... O que quero dizer é que não estou interessado em fazer uma revolução. Não estou interessado em passar por cima dos limites do Estado, das Leis e da Ética e revolucionar a ética, as leis, o estado ou meu próprio mundo. Aqui quem fala não é um revolucionário, aqui quem fala não é um revoltado. Estou falando em simplesmente poder um dia colocar minhas pernas pro ar, ou então de pé mesmo jogar minhas mãos para o céu, agradecer se acaso eu tiver alguém que eu gostaria que estivesse sempre comigo e pedir para ela que "Hoje, só hoje, me deixa ficar um pouco só..." Não é falta de consideração, não é a importância dela que está em baixa, mas é um egoísmo necessário que pede para eu ter um tempo só para mim.

A fúria nasce, cresce, cria suas raízes quando vejo que estou amarrado à impossibilidade de conseguir aquilo que quero, nem que seja por um dia. E vejo que a cada dia que passa, menos livre para ter um dia desses serei, e mais atarefado, mais comprometido, mas resposável por algo ou por alguém serei, ao ponto de estar definitivamente colabado àquilo que me assusta: o fato de que existem tempos em que não somos donos do nosso próprio nariz.

É triste dizer, é triste ver isso acontecer, mas o fato é que quando me dou conta de que estou preso à isso, tenho que me inundar de momentos de fúria.

Obrigado. Até outro tempo.

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Antes que termine

Posted by Odir Macêdo Neto on 22:42
Belém, 30 de setembro de 2010.

Antes que o último suspiro de setembro seja produzido pelo corpo cansado e moído desse mês cansativo e "moitivo", é sempre bom deixar aqui algumas palavras, antes que termine o mês. Também é bom deixar as primeiras e últimas palavras antes do fim de semana que se aproxima. No caso, antes que comece a Festa da Democracia no Brasil.

É sempre comum ouvirmos alguém dizer por aí uma frase que, querendo ou não, é uma boa desculpa para terminar uma conversa, mas também muito ignorante, vamos combinar. Diz assim:

"Política, religião e futebol: não se discute!"

A frase, deve-se concordar, é do maior mau gosto. E da maior burrice também. Primeiro, porque muita coisa fica estagnada e parada na nossa política porque o povo prefere fechar a matraca que, sim, incomodaria muita gente se fosse uma vez aberta - como já foi em outros tempos. Segundo, porque algo tão importante e essencial na vida do ser humano, como a religião, é simplesmente negado e jogado às traças do tradicionalismo e da falta de senso crítico. Terceiro, porque deixar de falar de política, deixar de falar de religião, até aí, dá pra passar... Mas se até futebol que é o assunto mais falado no país e que, simplesmente, é a marca da nossa nação, por mais sem futuro que seja ficar discutindo sobre ele; se até do futebol o cidadão não quer falar... Então, tá complicado! 

Meu irmão, minha irmã... Pelo menos de futebol, você deve conversar de vez em quando. A questão é que as pessoas têm medo de falar de assuntos que sejam um pouquinho mais sérios! Eu não sei exatamente de onde vem esse temor. Um trauma, alguma tipo de confronto psicológico no passado de nossos pais e avós, alguma coisa do tipo, parece querer nos perseguir. As lembranças daqueles que um dia quiseram indagar a religião e foram calados, as imagens daqueles que um dia resolveram andar contra os rumos dos governos e foram torturados, as cenas daqueles que quiseram ter uma discussão civilizada com os irmãos do outro time e foram massacrados; essas memórias certamente afrontam as pessoas desse país. SÓ PODE!

Existe e sempre vai existir os que estarão com medo de falar e os que vão querer meter medo para que outros não falem. Esse discurso não vale nada. Essa é a verdade. A discussão, e quando eu falo em discussão eu não falo de vale-tudo, dedada no olho, puxão de cabelo, gravata, coronhada, beliscão no mamilo, essas coisas brutas e que no final são até engraçadas... A discussão, a conversa, o diálogo, a troca de ideias - esse sinônimo é ótimo - sempre valem a pena. É nesse rumo, pelo menos deve ser, que o Brasil, o Pará, o Amapá, o Ceará, o Rio Grande do Norte, Goiás, Mato Grosso do Sul, o Paraná, o Rio de Janeiro, o Espírito Santo, os estados que compõem a federação, serão, verdadeiramente, beneficiados e agraciados com a justiça e com a incorruptibilidade de nossos políticos.

Tá, tá... É um sonho... Mas vamos lá, vamos sonhar enquanto não temos imposto para pagar por sonho.

Domingo é o dia da grande festa. Não temos muito tempo para dialogar, discutir, conversar entre si. Mas façamos isso com nós mesmos. Refletir, não faz mau. Agir, no domingo, também não.

Eu já tenho minha reflexão. Eu posso até dizer para vocês que não vai ser agora, mas deixa para próxima. Se o Lula não inventar a candidatura de novo!


Fikdik (esse apelo não é o mais bonitinho, mas o que vale é a intenção).

Até outro tempo, cidadão.

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"Mas tudo passa, tudo..."

Posted by Odir Macêdo Neto on 01:54
Belém, 3 de agosto de 2010.

Sim, "tudo passará". Acredite; essa é uma das grandes verdades da vida. Já dizia uma sábia e estudiosa VJ da MTV, a qual prefiro não mencionar o nome por questões éticas: "Tudo passa, até uva passa". Eu sei, eu sei... Idiota, mas vamos relevar. Até a nossa raiva passa depois de um tempo de auto-análise. Até a nossa mente muda depois de umas doses de "Simancoll" - mandei uma caixa do medicamento para a dita VJ. 

Mudança significa passagem. E o que tem passagem, passa. As coisas passam pela nossa vida, as situações difíceis passam, os bons momentos passam voando, as lembranças passam pela nossa cabeça; o filme de nossas vidas, dizem, passa diante de nossos olhos quando passamos do lado da morte et cetera. Voltando a falar em mudanças... Até essas passam. Acredite, elas passarão. Ou você achou que aquela sua recalchutada ia passar isenta às nossas observações...?


O aluno estudioso passa de ano, o vadio não passa de primeira, mas se for de escola particular dá-se um jeito e logo ele passa; o aluno aplicado passa a madrugada estudando para a prova de daqui a duas semanas, o aluno esperto passa o olho na prova do aluno aplicado; o professor passa o famoso "visto" nos exercícios da aluna dedicada e passa a mão na bunda da aluninha danadinha. Já disse, tudo passa.

A dona de casa passa o dia cozinhando, o homem da casa passa o dia trabalhando, a dona de casa passa o dia cuidando da casa, o homem da casa passa o dia pensando em passar o rodo na dona de casa - ou não - e, enquanto isso, a mesma dona de casa passa a mão na cabeça do filho que passou o dia inteiro dormindo ao invés de estar pensando em com o que vai passar o resto da vida quando os dias de seus pais passarem desses para melhores.

Os dias passam, sabia? Os anos passam, e alguns poucos, eu devo admitir, param - para alguns, afinal de contas, um dia a morte passa. Há quem pare no tempo, há quem viva de coisa velha, aqueles que o povo gosta de falar "parece museu, vive de velharia", mas o tempo não pára para eles. Há quem viva passando o seu tempo falando porcaria, há quem viva brincando de passa-tempos para ver o tempo passar e não sentem o movimento das horas. Há quem torça para o tempo passar mais devagar, mas ele teima em apressar o passo. Há quem goste, quem desgoste, mas nada impede a passagem do tempo.


O que era belo, um dia vai passar também. Só que vai passar do belo, para o menos belo - pelo menos. A beleza, o vigor, a vivacidade, a energia - nessa hora vamos deixar os conceitos físicos para o físicos conceituados - passam. Uma hora, vamos ter que encarar que não somos mais os mesmos, que nossa aparência mudou, não caminhamos do mesmo jeito, não escutamos da mesma forma e nosso reflexo no espelho é diferente, até porque a nossa visão ficou meio destorcida - longa vida aos óculos.


Nossa opinião passa da direita para a esquerda e vice-versa. Nossa opinião passa desapercebida, nossas ideias passam por aí como se fossem passageiras, quando na verdade poderiam ter sido, verdadeiramente, visionárias. Nossa credibilidade passa, porque somos passivos a certos erros que podem nos crucificar eternamente. Nossa dignidade pode até permanecer, mas é difícil deixar de passar horas pensando nela; os moralistas que o digam. Nossa tristeza passa, nosso luto passa; pode ficar, mas passa. Nossa alegria é passageira, enquanto que nossa felicidade passa a vida inteira nos procurando e passamos a passar do ladinho dela e nem...

É... Passou.

Bom agosto a todos e até outro tempo.

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Ainda um cheiro de descanso no ar...

Posted by Odir Macêdo Neto on 23:31 in , ,
Macapá, 28 de julho de 2010.

Isso porque disse que eu ia postar mais vezes nesse mês. Mas se forem analisar o número de vezes que tenho postado por mês, ter dois posts em julho cumpre com a "promessa" que fiz. A questão é que nem sempre tenho o controle da minha vontade de escrever e não faço grandes esforços sobre minha cabeça para criar textos na hora que devo, no dia que me é obrigado. Durante o tempo de férias em Fortaleza, era muito mais agradável para mim escolher o sol, o mar e a praia para viver do que a tela do computador e um blog para cuidar. Agora que cheguei em Macapá, já curtindo a família e a terrinha, pensei  que teria mais tempo para mais coisas cá no blog, mas peguei uma gripe logo nos primeiros dias que, pelo amor de Deus, me deixaram de cama, com o corpo mole e cabeça doendo. Que situação.

Já estou me recuperando da surra que o vírus me deu, e algumas ideias para transformar em texto também têm surgido. Sem contar o tempo que aqui em Macapá passa devagar durante um dia e veloz durante a semana. Nessa brincadeira, hoje dei por mim que tenho só mais dois dias para estar ao lado da família e amigos para depois voltar a vidinha em Belém. Deu para aproveitar o tempo que estive aqui, não para fazer e ver tudo o que queria ou planejava, mas estou satisfeito com o que consegui. Abraçar pai, abraçar mãe, deitar no colo de mãe, receber carinho de mãe, de vó, reencontrar tio, tia, primo, prima, estar com amigos e até acompanhar minha tia nos hospitais. Bem interessante.

Agora, o que colocar aqui no blog hoje que é o negócio... Tenho umas fotos interessantes que bati em Fortaleza num dia de sol em que fomos à praia - seeeeempre -, junto com alguns cliques de autoria de minha prima, Larissa. Acho que vem a calhar como uma espécie de despedida do verão bem curtido desse ano. E também ajuda a preencher o espaço. A inspiração falha hoje, viu! Vamos às fotos:

Nunca pensei que diria isso, mas sim... Post mais para encher página, do que para outra coisa. Fazer o que... Estamos de férias!

Grande abraço e até outro tempo mais disposto. Por enquanto, prefiro evitar a fadiga.

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Agora Inês já é morta!

Posted by Odir Macêdo Neto on 18:40
Fortaleza, 2 de julho de 2010.
 

É, meu povo. Agora Inês já é morta. Já foi, já deu o que tinha que dar. Brasil perdeu, estamos fora e longe do nosso título de hexacampeão. Já choramos as pitangas e sobre o leite derramado, acabou. Danou-se. Fazer o que agora? Bom, para quem pode, vá curtir sua vida, vá viver sua história, entregue-se às suas férias e vá ler um livro. Para os menos favorecidos, que a vida teima em cagar todos os detalhes, lembre-se daquela sua conta para pagar, daquele seu parente enfermo, daquela goteira, daquele móvel quebrado, daquele amigo com problemas, dos seus problemas. 

O circo fechou, o pão acabou. Eu sei que esse discurso é bem démodé, clichê valendo, discursinho de baixo custo, mas veio a calhar no post, sem contar que produziu um efeito bem interessante no texto. Enfim, o que estou querendo dizer é que... Não é que a esperança tenha acabado, pelo amor de Deus, não falem isso. Não é que a vida se envolveu em trevas e é hora de morrer. Não façamos da derrota da nossa Seleção, ou de uma derrota em nossas vidas o decreto do carrasco, encaminhando-nos à guilhotina. Mas é isso aí, estamos fora da Copa, longe da taça; não que eu respeite a FIFA ao ponto de valorizar extremamente esse campeonato - e deixemos discussões acerca de possíveis corrupções à parte, não quero gastar meus dedos nisso -, mas muita gente no nosso país realmente contava com esse acontecimento e ansiava por sei-lá-o-quê que os fizesse mais felizes, ou menos tristes.

Repetindo: mas é isso aí. Os nosso problemas continuam, o Brasil ainda tem suas crises, ainda temos nossas contas, ainda tem sala, bar e quintal para limpar, ainda tem vestibular, prova, concurso, defesa de tese para acontecer, ainda tem criança para nascer, povo para morrer, um futuro pela frente e diante de tantas perdas, de coisas difíceis de aceitar, o melhor conforto que nos alcança o coração é saber que o sol vai nascer amanhã e temos um monte de coisas para fazer, e uma vida para viver, gente para cuidar, pessoas para amar.

Apesar da onda de teorias "Independence Day" e "O Dia Depois de Amanhã" em "2012", é bom lembrar... Até lá, não dá para ficar chorando. Até lá, Inês continua lutando por seus filhos.

Au revoir. Até outro tempo.


P.S.: Curtindo minhas merecidas férias; ao contrário de muita gente, justamente nesse mês vou tentar postar o máximo possível. Legal!

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Ensaio sobre Saramago

Posted by Odir Macêdo Neto on 11:26 in ,
Belém, 18 de junho de 2010.



Não sei se Portugal chora, se o Brasil lamenta, se a Ilha de Lanzarote, onde morava o gênio, está de luto. Talvez não fosse essa a atitude que Saramago gostaria de ver como resultado de sua morte. De repente ele preferiria que rissem à sua morte, não sei. Na verdade, sobre Saramago e companhia eu não sei muita coisa. Mas as suas obras realmente me cativaram e fizeram ter uma nova visão sobre literatura e sobre a arte de  manchar o papel. Um gênio e, ouso usar o clichê, um mestre.

Pode ser que, caso eu me converta de médico para escritor, eu cite José Saramago como uma grande influência. O que não é impossível. O único prêmio Nobel de Literatura da língua portuguesa saiu da carreira de serralheiro, mecânico, desenhista industrial e gerente de produção em uma editora para viver daquilo que pensava e escrevia. Uma inspiração. Talvez não um exemplo em sua totalidade, pelo menos para mim. Ateu confesso e comunista desde as fraldas, características levemente contrárias ao cristão e "capitalistazinho" que aqui vos escreve -  não há como negar, hoje em dia a gente respira o capital e carrega Marx no bolso, o que não garante nada.

Uma inspiração, um grande homem de ideias pra lá de profundas e que sabia usar as palavras de forma incomum. Ele reinventou meu pensamento e a minha escrita, acreditem. Queria tê-lo conhecido. Agora, fiquemos só na vontade.

Bom descanso, Saramago, e me permita continuar a usá-lo como critério para um post no blog.

Aos que permanecem cansados, até outro tempo.

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Foi bom até o fim

Posted by Odir Macêdo Neto on 00:43
Belém, 18 de maio de 2010.

Há 4 dias, notícia de morte. Meu avô, Odir Nascimento de Macêdo, o mesmo que me concedeu o nome, que me concedeu a honra de ser Odir Macêdo Neto, que me colocou como dependente legal, que me sustentou, me orientou, aconselhou, me formou - apesar de eu não mais poder vê-lo no dia de minha formatura, no dia de meu casamento, no dia do nascimento de meus filhos e tantos outros dias de felicidade, comuns à formação do ser humano -; esse, faleceu na manhã do dia 14 de maio desse ano. O sol despontava no horizonte e sua alma deixava seu corpo; o sol se punha no oeste e o seu corpo deixava nossos olhos para voltar ao barro do qual foi feito pelas mãos do nosso Pai.

O Grande Pai, Pai da eternidade, Pai de todos nós, a Ele dou graças pela vida do meu avô, pela oportunidade e privilégio de ter vivido, sorrido, curtido, chorado, amado, andado, caminhado, corrido, brincado, me divertido com meu querido avô. Por ter concedido a ele condições; condições que foram repassadas a mim para que trilhasse caminhos de sucesso; por ter concedido a mim a consciência de que é importante honrar nossos pais. E, como meu avô era mais pai do que avô, procurei honrá-lo. Acho que consegui.

Obrigado, meu Pai, pela vida que conheci, vi, aprendi, admirei, me encantei e amei.

Novos tempos virão. Não sei se vão ser fáceis. Mas Deus é conosco. Amém. Até.

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Chegamos ao fim... do bimestre

Posted by Odir Macêdo Neto on 21:22 in , , ,
Belém, 16 de abril de 2010.

¡Hola, hermanos!

Saudação de nossos hermanos muy latinos. Por que começar dessa forma tão diplomática? Well, sem nenhuma explicação sólida o suficiente para dar. Resumindo, é pura frescura, acreditem. Uma leve maneira de se começar um post por uma maneira levemente anormal - meio que uma fuga do convencional. Olha só, já temos praticamente um texto inteiro falando unicamente da saudação inicial. Deve ser por isso que meus leitores assíduos têm me trocado por Twitter's e demais maneiras opacas e secas de se colocar o que pensa. Ô, dó! Pena tenho eu... Bom, vamos ao que interessa.

Uma semana tensa se passou e agora estou procurando me deitar eternamente por um fim de semana em berço esplêndido. Já tenho dois meses de curso, um módulo do 1º ano concluído e muitas experiências. Talvez já tenha adquirido uns fios brancos na cabeleira - de acordo com a tese de que fios brancos aparecem com o estresse -; talvez já tenham me caído umas telhas da cabeleira - de acordo com a tese de que calvície é sinônimo de estresse.

Foram dias tensos - acho que já disse isso -, foram dias bons - isso, certamente ainda não falei -, semanas desesperadoras, momentos de imensa felicidade - sim, ainda estou curtindo as glórias de ter passado no curso que queria, mas ainda tenho mais por que me alegrar -, novidades, surpresas, até lágrimas sobre o chão seco do meu coração - eita, agora deu é pena! Mas, como dizia César - como se ele falasse isso de dois em dois dias... -, "Vim, vi, venci" e temo em dizer que, tendo passado 2 meses dos 72 meses de curso, ainda virei, verei e vencerei - adoooro - muito coisas que tenho pela frente - agora sim, deu pra emocionar, não deu?


Fino a un'altra volta - vulgo, "té mais, doido!"

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Depois de tanto tempo...

Posted by Odir Macêdo Neto on 01:15 in ,
Belém, 21 de março de 2010.

Depois de tanto tempo longe, ausente, desconectado, off-line, como queiram chamar, retorno à boa casa. Tenho tido uma quantidade - às vezes - exaustiva de atividades, uma quantidade pequena de tempo, uma mente cansada e nos tempos livres preguiçosa de toda e qualquer atividade construtiva e um corpo que por milagres tem respondido aos apelos do dia-a-dia, apesar de estar secando, de umas semanas pra cá. Sim, isso tudo para justificar esse meu leve afastamento do blog.

Leve não... Um mês e uns "cad's"! Que absurdo... Mas fazer o que? O blog é bom, gosto dele, mas às vezes esse amor esfria e fico pouco interessado -  as novas atividades tem sido a grande novidade de minha vida -, mas eu juro que vou tentar não me desapegar.

Tive algumas leves - agora sim, são leves - inspirações para um post durante esses dois meses - mas também..., tanto tempo, seria quase impossível não ter... -; um post espiritual e edificante, um comentário sobre uns filmes que tive a oportunidade e a graça de assistir nesses últimos tempos, um texto sobre os indicados ao Oscar, um texto sobre os ganhadores do Oscar, um texto sobre os perdedores do Oscar - essa é uma boa ideia; são tantas injustiças nesse mundo... - etc. Mas, já me expliquei, não tive tempo nem saco - essa é a grande verdade - para me sentar e escrever um daqueles posts gostosos - pra mim são - de outros tempos.

A prova disso é que não vou falar nada muito edificante, muito menos alguma coisa relacionada ao Oscar, Globo de Ouro, Cannes, nem Grammy, nem Troféu Imprensa, nem Estandarte de Ouro. Vou me abster de uma obra-prima literária e me reduzir à umas fotos. Sim, fotos! Acredite se quiser: umas fotos que bati, tenho batido, guardado, e sempre que olho para elas penso "vou colocar no blog" e nunca faço - até hoje.

São fotos diveeeersas, daquelas sem muito propósito; talvez com, pelo menos, um propósito: colocar no blog quando não se tem muito tempo, nem muito saco para postar algo mais relevante... Tô sentindo que tô avacalhando demais com esse meu post... É claro que ele é relevante. Enfim... Vou parar por aqui, e deixo convosco: as fotos.

 [chamo essa de: cidade sob relâmpagos - óóóó!]

[chamo de: luzes da cidade - acho que já ouvi esse em algum lugar.]

[gosto de: reflexo da cidade - é, gostei dessa palavra: cidade...]

[preso à alienação - dá pra ver que eu to com um controle na mão?]

[essa cês conhecem: o fantasma da basílica - sem julgamentos, por favor...]

[auto-retrato.]

[obra-prima; chamo de: meu olho esquerdo.]

[agora, sessão via-celular: a querida Marapanim da Carvalhada]

[a querida Marudá da Carvalhada - não me peçam traduções...]

[este é um cubo mágico - a obra mais árdua, para mim.]

[título: meus tempos áureos de estudo para o vestibular.]

[as duas faces de um desenho (tosco).]

Aos que ficam, meu grande abraço, pois eu já me vou. Té um tempo outro qualquer aí que venha por.

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Fragmentos de outrora e nota do agora

Posted by Odir Macêdo Neto on 23:03 in , , ,
Belém, 6 de fevereiro de 2010.

Mes amis, quanto tempo. Ficar tanto tempo assim longe do blog me fez ver o quanto que fiquei viciado nisso aqui. Na verdade, me fez ver o quanto que ele está fazendo parte da minha vida. É praticamente uma parte imprescindível para que eu viva - exageraaado. Mas é verdade, o blog, de alguns tempos pra cá, tornou-se peça de identificação. Aqui tenho praticamente tudo o que eu quero em uma página na internet e o blog possui exatamente o que eu quero que um blog tenha, meus textos - momento narcisista.

Falando em meus textos, vamos ao que interessa. O título, depois de construído, força-nos a seguir uma trilha pré-determinada. Fragmentos de outrora e nota de agora... Apesar de a ordem ser essa, vou começar de trás pra frente. Pela nota de agora:

Os momentos em minha vida tem se alterado drasticamente de umas semanas pra cá. Sabe o que é: eu passei no vestibula! Eu sei que já falei disso no discreto post anterior, mas agora é hora de botar pra quebrar com toda a minha euforia pela vitória alcançada. "Cês" não imaginam a sensação de conforto, alívio, de segurança e felicidade que tenho sentido e curtido desde o dia do resultado e, quero, espero sentir até o final do curso. Ainda tenho muito - "vixe" - muito chão pela frente. Tem até umas pedrinhas pelo caminho; já me anunciaram tremendos rochedos que brotam por aí; parece-me que vão haver alguns muros, tipo esse do vestibular - que, para não perder o costume, eu já pulei, já alcancei o topo e já cheguei ao outro lado. Mas até onde a vista me permite alcançar, não consigo prever buracos sem fundo ou precipícios que não possuam pontes para chegar aonde quero; ou seja, não vejo grandes impecílios que definitivamente me impeçam de concluir o que comecei, a não ser a morte - que eu não interpreto como malefício - ou a desistência, fruto da fraqueza, que só pode brotar de mim mesmo. Resumindo esse parágrafo imenso: estou muito feliz, extremamente grato a Deus pelo que consegui, consciente de que tem muita coisa para enfrentar e que tudo depende de mim, do meu compromisso, da minha responsabilidade, do meu esforço, da minha entrega a Deus, que é quem realmente provê a energia e a força para eu ser o meu sonho: ser médico.

Ainda tem muito para falar do "agora", mas agora não é a hora. Vamos esperar o "mais" que esse ano tem reservado... Por enquanto, vamos para outrora, ver os fragmentos daqueles tempos. Mexendo no baú das coisas velhas e inúteis que a gente guarda, amontoa e certo dia resolve mexer, jogar o que não presta, encontrar uns tesouros e deixar uma espécie de "forro" para receber as outras coisas velhas que aparecerão no futuro, encontrei uns textos antigos que retratam um pouco sobre a arte de escrever, como eu gosto de escrever, o que é "escrever" para mim, qual é o momento certo, como eu me sinto quando escrevo etc. Acho que já deu para deixar bem claro. Infelizmente, não coloquei o dia e o mês em que escrevi os dois textos que vou colocar aqui, mas consigo me lembrar dos anos. Dá pra ter uma noçãozinha. Vamos ao que interessa:

Sem título - 2008

Uau... Bateu-me a vontade de escrever... Ela nasceu no meu peito, atravessou minhas artérias, manifestou-se em meu coração, infectou meu organismo e se instaurou no meu cérebro. Fui impulsionado a pegar na caneta, tomar um pedaço de papel e impregnar com a tinta as fibras de celulose; se é que a celulose é fibra...; se é que a fibra é de celulose...

Geralmente, toda uma atmosfera se instaura no ambiente ao meu redor, um clima específico se faz presente e o tempo colaboram para que eu tenha inspiração e disposição em abundância para escrever. Mas de uns dias pra cá, sinto que tenho forçado a atmosfera, o clima e o tempo. Meio que dizendo para esses fatores...: "Apareçam!" Como se fosse uma ameaça... "Apareçam ou então lhes espanco!" Talvez seja a necessidade de mostrar, de expressar, de estravazar, de exorcisar, de escrever o que tenho guardado de ideias, pensamentos, sonhos e medos, mais forte que qualquer outra coisa e que de tão forte e poderosa tenha a capacidade de se adaptar a qualquer ambiente, sem depender da atmosfera, do clima ou do tempo.

***** 
Quero mais é escrever - 2009

desenho bom é assim: sem compromisso
escrever é bom quando é assim: sem compromisso
cantar é bom quando se canta assim: sem compromisso
compor é bom quando é feito assim: sem compromisso
pintar é bom quando: sem compromisso
porque já me bastam as neuras da vida
já me bastam as preocupações do mundo
já me bastam as perturbações da mente
para me deixarem preocupado, perturbado e neurado
para me mostrarem que tenho responsabilidades
que tenho compromissos
já me bastam as coisas sérias do meu emprego,
do meu trabalho, da minha família, do meu casamento,
dos meus filhos, da minha empresa, dos meus negócios,
da minha igreja, do meu ministério, do meu escritório,
do meu consultório, do meu gabinete, do meu parlamento,
da minha saúde, da minha alimentação
da minha conduta, do meu coração
se é para fazer bem feito, que seja assim: sem compromisso
mas se é para fazer bem, que seja assim: sem

*****

São só alguns fragmentos. Só pra constar: o último é o meu preferido - deve ser porque é mais recente, talvez. Até mais tempo... digo, até mais tarde... Na verdade, é impossível evitar repetições, então: até outro tempo. Abraços.

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Êta, tempo bom!

Posted by Odir Macêdo Neto on 23:13 in , , ,
Belém, 13 de janeiro de 2010.



Êta, TEMPO BOM esse que faz hoje! Saiu hoje o listão da UEPA e o resultado: o melhor possível. Agora, vamos ao curso de Medicina. Vamos ao que vier!

Grande abraço. E vamos aos tempos mais do que novos de 2010.