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"Esse vento de liberdade batendo no meu rosto"

Posted by Odir Macêdo Neto on 23:06 in
Belém, 16 de julho de 2008.

Sinto que já era hora de voltar. Sinto que já estava enrolando muito sem escrever, como em outras ocasiões... E sinto que já não tenho mais justificativas para a minha ausência. Pois eis que aqui estou.

Sinceramente, as idéias não me são abundantes e nem me é cercado de inspiração a cabeça. Portanto, não fiquem esperando um longo post, e mesmo que pequeno, um bem carregado de emoção, ou reflexão, ou opinião, ou seja lá o que for de valioso em vossa concepção sobre me texto. Tanto é, que vou colocar a publicação de outrem nesse post: uma música, que muito me parece adequado ao momento em que passo em minha vida.

Estou em época de vestibular e muitas e muitas vezes me pego ocupado, estudando, atarefado, cansado. E cada momento de descanso me é extremamente valioso; os mais simples momentos de diversão, com os amigos, com a família, sozinho, são únicos e maravilhosos e incrivelmente prazerosos. Talvez isso esteja me acontecendo pelo fato de estar, - quem sabe?... - finalmente, dando valor a essas coisas pequeninas. A distância da família, dos amigos, a cabeça cheia, preocupada, a sensação de carência, às vezes de solidão, infelizmente e/ou - felizmente - felizmente causam isso.

Deixando, portanto, a tagarelice de lado... A letra da música que vou colocar trata da sensação de liberdade, da procura pelo prazer e pela descoberta do mesmo em momentos de diversão com os amigos, com nós mesmos e/ou até mesmo com o vento que entra no carro quando estamos em altas velocidades numa estrada que não sabemos para onde nos levará. A música se chama Giggling For No Reason, do novo CD da Alanis Morissette, Flavors Of Entanglement. Pareceu-me adequada e, portanto, será o núcleo do post de hoje.

Finalizando, dessa vez, de fato, com o blá-blá-blá, vamos ao que interessa. A tradução de Giggling For No Reason, de Alanis Morissette: Rindo À Toa Novamente.

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RINDO À TOA NOVAMENTE

Estou dirigindo meu carro pela Estrada 1
Saí de Los Angeles sem contar pra ninguém
Algumas pessoas precisavam de algo de mim
Porém, tenho certeza que eles ficarão bem sozinhos

Oh, esse estado de êxtase
Nada, a não ser o que a estrada poderia me dar
Esse vento de liberdade batendo no meu rosto
E eu estou rindo à toa de novo

Estou dançando com meus amigos com o mais puro prazer
Embarcamos em aventuras das mais divertidas possíveis
Posso ver que os ossos do meu corpo estão sorrindo
Posso até ver a inibição sumindo

Oh, esse estado de êxtase
Nada, a não ser o que a estrada poderia me dar
Esse vento de liberdade batendo no meu rosto
E eu estou rindo à toa de novo

Estou saltitando de felicidade
Triunfando de prazer
Estou em casa, nessa comemoração
Estou sorrindo a toa

Estou sentada vendo o sol poente da Califórnia
Ficamos bem quietos para ver os seus preciosos últimos minutos
Posso sentir o sal do mar na minha pele
E ainda sim ouvimos os ecos do abandono

Oh, esse estado de êxtase
Nada, a não ser o que a estrada poderia me dar
Esse vento de liberdade batendo no meu rosto
E eu estou rindo à toa de novo

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Vejo-os em outro tempo. Estou indo pra Macapá, começar a curtir minhas férias. Espero ter bastante coisa pra contar.

Abraços!

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"These are not times for the weak of heart..."*

Posted by Odir Macêdo Neto on 21:41 in ,
Belém, 1 de julho de 2008.

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Sadness - por Odir Macêdo Neto

A tristeza se instaurou
Os olhos murcharam
Os lábios secaram
O sangue sumiu
As juntas doeram
O estômago revirou
E os poros liberaram todo o suor existente no armazém sudoríparo
As lágrimas encontraram um jeito de se fazerem visíveis

A tristeza se instaura
O ar desaparece
Os pulmões definham
O coração só faz sístole
A pressão sobe
Os sentidos não são sentidos
E a falta de oxigenação do cérebro provoca as convulsões
A prisão se debate no chão para libertar o sentimento

A tristeza se instaurará
A vida fugirá
Os rostos empalidecerão
As mãos se degenerarão
As pernas em putrefação
O corpo cedera à tentação
E a gravidade sugara a matéria sem alma que um dia vida teve
A desistência do ser, causada pela persistência em negar o ser

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Nada de pessoal. Foi a inspiração que me surgiu no momento adequado, propiciando um novo post.
Até outro tempo, pessoal!

P.S.: Acredito... que estou de volta!

*Trecho da música "Torch", Alanis Morissette, "Flavors of Entanglement", 2008.