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"Há algo de ameaçador num silêncio muito prolongado". Sófocles

Posted by Odir Macêdo Neto on 00:25 in ,
Belém, 28 de abril de 2008.

Eu acordei. Eram exatamente 14:57 quando eu fui verificar as horas no iPod. Levei um baita susto, mas depois aceitei a situação. Era só mais um domingo em que eu acordava tarde. É evidente que dessa vez eu exagerei, mas era compreensível. Tinha ficado até umas duas horas assistindo o filme As Horas, que eu tinha alugado pra passar mais um desses tão solitários fins de semana.

O filme o qual estou falando me inspirou a colocar aqui um post tão reflexivo, a começar pelo título. A história contada no filme, que ganhou tantos Oscar, concorreu a outros tantos e premiou à, então renomada, atriz, Nicole Kidman, é a de três mulheres, entre elas, Virginia Woolf, também renomada e importante escritora inglesa do século passado, que se vêem em situações conflituosas onde o principal ponto em comum entre elas, que vivem em épocas diferentes - Virginia, anos 20, outra nos anos 50 e a última, 2001 - é o dilema que enfrentam: viver para a felicidade de outros ou satisfazer as próprias necessidades. Pelo menos foi isso o que eu entendi do filme e através da sinopse do mesmo. Li também, num dos comentários do diretor, Stephen Daldry, que o filme fala das lutas que tantas mulheres tem de viver e que muitas vezes não é levado em consideração, pois elas sim são exemplos de coragem e força.

Mas, não foi exatamente para isso que vim postar. Tá certo... O filme parece bom, e, sinceramente, é bom. Além da complexidade, há também um trabalho brilhante das três atrizes que interpretam os papéis principais: além de Kidman, Julianne Moore e Meryl Streep. Porém, é exatamente essa complexidade que percebi existir no filme que me inspirou a vir até essa escrivaninha, organizar as minhas idéias e colocá-las de maneira - eu juro que tento - que todos possam entender.

Então... Vamos lá...

Continuando o dia... Depois de me dar conta que estava realmente tarde, fui preparar o meu almoço para depois tomar um banho e procurar alguma coisa para fazer. Eu sei que deveria ter sentado em algum lugar da casa e fazer alguns exercícios de Física ou Matemática, mas pensar nos esforços tremendos que minha família tem feito e nos sacrifícios horrendos aos quais eu tenho que me submeter para conseguir entrar numa faculdade não foi suficientemente forte para me fazer desistir de vir ao computador e caçar futilidades. Ou seja..., não estudei.

Conversando com os amigos pela internet, me deparei com algumas frases bonitas e resolvi procurar mais algumas num site do Wikipédia, o Wikiquote. Resolvi colocar na busca a palavra silêncio e uma verdadeira lista de citações envolvendo o silêncio me fora apresentada. Li um pouco aqui e um pouco ali, e achei essa... Que deu título ao post de hoje.

Ele diz muita coisa pra mim. Não sei exatamente explicar o que, mas ele me mostra, me revela, me conduz, me passa, etc... muita coisa. Aí, comecei a elaborá-lo em um texto, e comecei a pensar o que essa citação tinha a ver com a minha vida. Afinal, um blog é extremamente algo pessoal, e muita das coisas que coloco aqui são sobre minha pessoa. Então, vasculhei em minha mente alguma coisa, algum fato, algum momento, algum algo que tivesse uma conexão com a frase de Sófocles.

Não demorou muito para eu ver que o silêncio, o tema central da citação, a palavra-chave para encontrá-la, estava ao meu redor. Olhei para os lados. Senti os ares. Toquei o mouse... É, eu estava simplesmente cercado pelo silêncio. Eu respirava silêncio. Eu sentia o silêncio. Eu saboreava-o. Enxergava-o. E o mais interessante... Eu escutava o silêncio. Isso mesmo... Eu estava mais uma vez sozinho em casa, sem nada de interessante para fazer, sem ninguém para me fazer companhia e sem um som para me fazer animado.

A solidão que eu passo, quase todos os fins de semana, não me incomoda na maioria das vezes. Não me incomoda porque existe dois tipos de solidão. A solidão presente, a carnal, a de sentido material, e a solidão de fato, a de espírito, ou, como uma vez denominei, o pior sentimento que existe.

A primeira faz menção àquele "sozinho" que sinto, o sozinho por não ter ninguém ao lado, ninguém para conversar, ninguém para tocar, ninguém para dividir o mesmo ar e para trocar os calores. Não sei se sabiam, mas somos seres liberadores de raios infravermelho! Bem, deixando a Física de lado... Essa solidão pode ser benéfica para aquele que a sente. Pelo menos no meu caso, pois, durante essas sessões de solidão, faço longas e intensas reflexões sobre um monte de coisas. Às vezes acontece de termos que viver essas sessões forçadamente, e é incrível, como também acontece, nos vermos aceitando-as pacificamente, não sendo isso uma regra. Entende? Como se olhássemos e disséssemos: "não tem jeito? então vamos pensar..." Hum... Curioso. Vamos falar da segunda solidão, porque dessa acho que já falei bastante.

A segunda solidão, a ruim, é aquela que sentimos quando estamos em qualquer lugar. Não existe local para senti-la. Existem razões, isso sim. A gente pode estar só, pode estar com alguém do lado, pode estar no meio de uma multidão, no meio de uma grande festa, onde se transborda de alegria, ou no meio de um velório, que encharcado está de tristeza. Essa solidão é a de espírito. Sente-se essa solidão porque... Bem... Existem muitas razões, como disse. Esses podem ser os mais variados, e como sei que 9 entre 10 pessoas já se sentiram assim, vou deixar para vocês a missão de determinar os tantos motivos. Se você é aquele 1 que nunca sentiu, então deduza.

Então, depois de especificar cada solidão... A primeira, a que sinto, é acompanhada, quase sempre, de silêncio. E o filme, o dia, o mês, a semana, até o tempo lá fora, colaboraram para mais uma elaboração de post. É esquisito colocar uma coisa tão sem graça, reflexiva, a ponto de ser triste e depressiva. Uma estranha, como diria a Myss, "sensação de saudosismo" deve estar sendo transmitida com esse post. Não que eu queira, mas aconteceu...

Não quero mais que aconteça... Só isso...

Vejo-os em outro tempo.

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Depois de uma fatídica semana... Foi a gota d'água

Posted by Odir Macêdo Neto on 23:41 in
Belém, 20 de abril de 2008.

Assistindo ao dominical programa, surgiu-me a ira, a idéia e a invenção. Caberia a mim dar somente um título a esse "poema", mas creio que ele não seria o bastante para deixar o que vem a seguir claro e compreensível, porque ele mesmo seria indecifrável. Portanto, vejo que terei que deixar um "manual". Pois cá o deixo:

Coluna da esquerda: a fala.
Coluna da direita: o pensamento.
Coluna do meio: meu ato.

Agora sim... O título:

~ Nem o dvd exigido pelos entrevistados pode captar essas informações ~

Depoimentos
Sentimentos
Nossos lamentos
Confundidos pelas palavras de outrem
Pelas letras proferidas
Mentira imensa
São as letras proferidas
Pelos causadores de porfia
Visão Intensa
Que causaria o mais alto alvoroço
O mais alto lucro
O mais longo cheque
Falamos
Soltamos
O verbo, o sujeito, o predicado
... a menina
Desenhamos
Enfeitamos
O quarto, no vidro, a história
... a versão
Fragmentos
Procedimentos
De uma coisa real e inteira
Passamos sem culpa, mas com amargura
Porque ela com raiva julga
Ela sem razão acusa
Porque nós com a mão no coração choramos
Com a verdade em carne e osso lutamos
Para resplandecê-la ao mais alto monte
Para revelá-la ao mais cego dos homens
Para nivelar as mais péssimas depressões
Que sem razão nosso coração não cura
Fatos
Atos
Rima fácil, clichê, bobagem
Mas clichês dão lucros...
Força
Empenho
Rima imperceptível, difícil, árdua
E nesse teatro aceitam meia, inteira..., de graça...
Meus filhos
Nossos filhos
Choram, corações, os nossos
Os deles
Afastados, estávamos, deles, dos corações
Do dela
Doce docinho açucarado
Da mais límpida e pura noite foste criada
E nenhum descontentamento nos trouxe
De tão pura e verdade
E doce e açucarada
Seres aos nossos corações... Por que razão?
Não
Não
Pensamentos rápidos
Eles surgem nessas cabeças
Vão
Vão
De tamanha estranheza a uma forte eficácia
Tudo flui, tudo sai... Viu só como é fácil?
Chorei
Chorou você também
É difícil olhar o sol
É difícil ver meus frutos e...
Já não conseguimos nem a fome matar,
... ela não vive.
Tentativas de levar uma vida
De tentar levar a vida, mas não dá... E também...
Ontem a dança surgia,
Dançávamos, mas pensávamos,
Seus passos ali um dia estavam.
É... Foi mesmo...
Verdade
Verdade
Conselhos eu ouvi
Ainda chances temos a conseguir
Clichês
...
Cativam os corações, foi o que disseram
Pois espremam de vós o que de mais triste lhes há
A carne
O verde
O branco
A areia cobre dessa vez, e não o mar
Mar que ela tanto ama... A piscina... A moto
Com os olhos sobre o branco e sobre a areia
Juramento... Compromisso... Pacto
E...
Todos os dias nos perguntamos a mesma coisa
É...
Deus nos mostrará
Ele vos revelará
Lembra o banheiro!
O banheiro!
Isso os afetou tanto
Posso ver seus fígados estremecerem com o coração
Essa foi boa!
Foi boa!
Mas acho que de exagero já basta
Mas foi boa!
Felizes éramos
Felizes éramos
Não entendemos
Não faríamos
Nunca
Jamais
Como...?
Por que...?
Acreditamos!
Verdade
Invenções
Justiça

Chega!

Desligo
Fecho
Oro
Peço
Durmo

Odir Macêdo Neto.

Até outro tempo.

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20 Pills e etc... e um Questionário...

Posted by Odir Macêdo Neto on 22:34 in ,
Belém, 16 de abril de 2008.

20 pills and two drops of tears into an absinth's dose... Esse seria o nome de um álbum, se eu fosse cantor...
Alguns tempos... Esse será o nome de um livro auto-biográfico, que eu ainda hei de lançar...
Sem Comentários... Esse será o nome de uma coleção de crônicas e textos variados de minha autoria, que um dia, espero ainda... lançarão em minha homenagem, logo após a minha morte...
...Para os últimos dias... Esse será o nome do filme que eu gostaria de fazer, dirigir, criar e receber prêmios por ele
Não sei exatamente a função dessas palavras... Digamos que neste exato momento eu esteja passando por um momento em que nem eu mesmo consigo entender a subjetividade de minhas palavras...
Momento Luna... Essa será uma expressão, futuramente muito usada, para denominar aquilo que nós usualmente chamamos de "Momento Reflexão"...

Mas... Vamos deixar de "léro-léro"...

Boa noite, a todos! Hoje é um dia... normal. Como outro qualquer... E, infelizmente, não vejo o que escrever e não vejo sobre o que falar... Digamos que eu esteja sofrendo de uma espécie de crise, a qual nem eu mesmo consigo designar, nomear ou intitular, exatamente pelo fato de estar sofrendo uma espécie de crise que me impede de criar e procriar palavras.

Para tanto... Para tanta ausência de pensamento construtivo... Para tanta escassez de uma coisa que tanto aprecio nos momentos de elaboração de um post...: Idéias! Venho colocar um questionário que me foi mandado essa semana por uma amiga distante. Distante que eu digo é distante de distante. E não distante de ausente. É "purkê" "tá" longe "mêmo"!

Bem... Logo abaixo... Meu Questionário... Deliciem-se e saibam mais um pouco sobre Odir Macêdo Neto... Se é que isso pode ser considerado uma "dilííça"!

"
01- Que horas são??
22:35... daqui pro final, serão vinte pras onze...

02 - Nome?
Odir N. de Macêdo Neto.

03-Quantidade de anos realizados?
16.

04-Com Tatuagens?
Não... Tenho muito medo em fazê-las, mas se algum dia a loucura me subir a cabeça, pretendo fazer uma dentro da boca... Porque se for pra fazer, farei logo do pior e melhor jeito!

06 - Piercings?
Não.

07 - Já foi à África?
Ããã... não!

08 - Já ficou bêbado?
Também não...

09 - Já chorou por alguém?
Humm... Pela minha mãe..., pela minha avó..., pela minha irmã... É... acho que só.

10 - Já esteve envolvido em algum acidente de carro?
Aham... Foi emocionante! E de vez em quando me pego pensando no quão rápido e lento foi aquilo... Viaaagem!

11 - Peixe ou carne ?
Carne.

12 - Música preferida?
Se o critério pra ser preferida for “aquela música que tu não rejeitas”, eu então diria: The Humpty Dumpty Love Song – Travis. Simplesmente por ser minha e somente minha.

13 - Cerveja ou Champanhe?
Champanhe... Cerveja é amargo, velho!

14 - Metade cheio ou Metade vazio?
Um meio termo pra isso não seria... As duas coisas!(?)

15- Lençóis de cama lisos ou estampados?
Estampados.

16 - Filme preferido?
Tomates Verdes Fritos

17 - Flor(es)?
Hããã... Pra relembrar a infância... Raflésia!

18 - Coca-Cola simples ou com gelo?
Com gelo... E pode botar aquela rodelinha de limão que eu aceito!

19 - Quem te enviou esse email?
A Clívia!

20 - Quem dos teus amigos vive mais longe?
Putz... A maioria dos meus grandes amigos moram longe... Não ia caber aqui... Digamos que... eu moro longe dos meus amigos.

21 - O melhor amigo?
Ultimamente, eu tenho sido meu melhor amigos, mas... Minhas meninas de Macapá, minhas meninas de Belém... E Deus, né!

22 - Quem você acha que vai responder a esse e-mail mais rápido?
A Luna! Tipo... Ela me dá moral!

23 - Quantas vezes você deixa tocar o telefone antes de atender?
Umas três, quatro vezes...

24 - Qual a figura do seu mouse-pad?
Uma propaganda básica de remédio (ganhei da minha tia médica).

25 -Tem namorado(a)? Há quanto tempo?
Não.

27 - Mulher bonita?
Tipo... Ela é um tipo de molde pras mulheres que acho bonita... a Ruth Jamison de Tomates Verdes Fritos.

28 - Pior sentimento do mundo?
Solidão

29 - Melhor sentimento do mundo?
Amor, com certeza... Sempre ele!

30 - O que uma pessoa não pode ter para ficar com você?
Não pode ter a vontade de não querer ficar comigo.

31 - Qual o primeiro pensamento ao acordar?
“Eu não agüento mais! Vou parar de estudar! De acordar cedo! De tudo!!! Vô virar hippie!”

32 - O que uma pessoa tem que fazer para te conquistar?
Não sei. Isso é muito relativo. A gente é conquistado por cada tipo de gente, chega dá vontade de se perguntar: “Hãã?”

33 - O que você nunca tira?
O olho!? Dãã! Tipo... Não tem resposta pra essa pergunta!

34 - O que é que você tem debaixo da cama?
Sei lá! Tenho inté medo!

35 - Qual a pessoa que talvez não te responda?
A Clívia, porque ela me mandou... (não é plágio, Clívia... é adaptação!)

36 - Qual aquele que com certeza vai te responder?
A Luna, porque (a resposta da pergunta nº 22)

37 - Quem você gostaria que te respondesse?
Todo mundo! Inclusive você aí!

38 - Uma frase:
Não tenho exatamente uma... Mas as pessoas costumam ligar essa frase a mim...: “Why’s it so hard to tell you what I want? Why can’t you just read my mind?” – TRADUÇÃO: “Por que é tão difícil te dizer o que eu quero? Por que você não simplesmente lê a minha mente?” (Alanis Morissette – There R the Thoughts)

39 - Que dia é hoje?
16 de abril de 2008.

40 - Qual livro você está lendo?
A Bruxa de Portobello – Paulo Coelho... Mas é a mesma coisa que estar lendo livro nenhum... Eu quase não pego nele.

42 - Uma característica sua:
Eu tenho renite!

Obs: Terminei e já são 23:00!
"

Vejo-os em oooutro tempo!