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Salut, Passé!

Posted by Odir Macêdo Neto on 22:03
Belém, 22 de março de 2011.

Olá, Passado! Quanto tempo não posto alguma coisa no blog e logo sinto que ele não faz mais parte do meu cotidiano, mas sim, de uma realidade distante. Já fui um "blogueiro" mais assíduo no passado, já fui mais interessado em meus pensamentos, ou melhor, em registrar cada um deles. Hoje deixo passar a vontade e o tempo não me deixa livre para dar uma passada por aqui. Hoje, dia 22, o tempo não me é muito favorável, mas decidi ser teimoso e desobedecer e, por que não dizer, arcar com as consequências do futuro (medo*).

O que posso pensar em escrever hoje, realmente, é no nada. Não tenho ideias para colocar, nem um tema propício, quanto mais uma inspiração. A única coisa que me motivou a estar hoje aqui é a simples vontade de contemplar o antigo hábito de mensalmente, quase que de forma religiosa, postar um texto para alguns interessados leitores. Mas como não quero perder meu tempo, nem meu esforço em organizar as ideias e escrever, vou deixar aqui um pouco de um hábito tradicional, ultimamente, em minha vida: redigir "poemas" com as primeiras palavras e pensamentos que surgem à minha cabeça.

Se ficará bom, aceitável, legível, tolerável, admirável ou comestível, não sei. Apenas o deixarei aqui, na tentativa de dar um "Alôô" para o passado e trazê-lo para mais perto do meu presente. Blog, como te quero bem! (Risos)

Não devo ficar calado por hoje
Não devo fazer o que me pedem por hoje
Por hoje, ficarei à par das consequências
Terei noção daquilo que posso sofrer
Daquilo que posso viver
Daquilo que posso sentir
Mas por hoje renegarei todas as convenções
Renegarei todos os padrões
As regras, seus estatutos, doutrinas, leis e opiniões
E por hoje farei a revolução particular
A reviravolta interior
E não me curvarei àquilo que me prende ou me sufoca
Falarei daquilo que penso e daquilo que me toca
Rimarei pobre, cantarei falsetes, farei passos de fácil execução
Não impressionarei, não tirarei o ar dos mais exigentes
Mas farei o que estiver ao meu alcance
Falarei daquilo que meus ouvidos gostam de ouvir
Cantarei aquilo que meu corpo gosta de dançar
Conversarei com gente que me agrada
Sonharei com aqueles que amo
E farei somente aquilo que agrada o meu interior!, a minha alma!, o meu corpo! e minha mente!
Por hoje, sabendo de tudo e de todos
Entendendo os prós e os contras
Virarei as costas para o que me ofende
Desconsiderarei o que me assusta
E viverei, intensamente
Nem que seja, só por hoje.

Até outro tempo disponível. Boa noite!

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Ééé... feliz ano nooovo e só!

Posted by Odir Macêdo Neto on 15:41
Macapá, 5 de janeiro de 2011.

Feliz ano novo a todos, muita paz, prosperidade, amor, etc, etc, etc... Sem muito tempo para me prolongar aqui no blog. Volto de "férias" dia 20 de janeiro e por lá devo estar postando algo de mais construtivo, se é que já postei algo do gênero por aqui. (Aaaah, vá lááá... eu já postei siiiim!)

Até lá, bons tempos a todos e 'té mais.

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A pobreza é para todos!

Posted by Odir Macêdo Neto on 13:51
Belém, 6 de novembro de 2010.

Hoje vou concordar com o ditado que diz que "uma imagem vale mais que mil palavras"; mas só por hoje.


Certamente..., ela é para todos.

Créditos da foto à Cidon, ou melhor, à conhecida da Cidon. Nous ne parlons pas français, ainda!

Até algum outro tempo, de alguma outra foto, quem sabe.

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Há tempos de fúria

Posted by Odir Macêdo Neto on 17:27 in , , ,
Belém, 23 de outubro de 2010.

Há tempos de fúria dentro de mim. Há tempos de raiva, de descontentamento com o universo, de inexplicável revolta, de infantil instabilidade da mentalidade que nos conduzem a estupidez e ao extremo dos sentimentos inúteis. Inúteis aqui eu falo por só fazerem o mal, mas são válidos, uma vez sentidos. Saindo um pouco da discussão da inutilidade do sentimento, voltemos ao motivo que está me guiando à questão que nos torna a mais humana das criaturas: a fúria e a susceptibilidade da nossa carne em senti-la, e a fragilidade da nossa alma em sofrer com ela.

Lembrando ao que ler que o conteúdo do post não condiz com o estado de espírito do escritor, mas com o momento de espírito do que está escrevendo.

Eu consigo sentir dentro de mim uma vontade de me negar a fazer tudo aquilo que me falam para fazer. Eu sinto o desejo de uma vez ou outra, chegando à frequência do sempre, poder correr atrás daquilo que eu quero, poder viver aquilo que eu prezo, poder não fazer aquilo que eu quero por opção minha e não porque me podaram as capacidades. O desejo de quebrar convenções, paradigmas, dogmas e conceitos... Bem, isso é clichê, e dizer que alguma coisa é clichê é o ápice dos clichês... O que quero dizer é que não estou interessado em fazer uma revolução. Não estou interessado em passar por cima dos limites do Estado, das Leis e da Ética e revolucionar a ética, as leis, o estado ou meu próprio mundo. Aqui quem fala não é um revolucionário, aqui quem fala não é um revoltado. Estou falando em simplesmente poder um dia colocar minhas pernas pro ar, ou então de pé mesmo jogar minhas mãos para o céu, agradecer se acaso eu tiver alguém que eu gostaria que estivesse sempre comigo e pedir para ela que "Hoje, só hoje, me deixa ficar um pouco só..." Não é falta de consideração, não é a importância dela que está em baixa, mas é um egoísmo necessário que pede para eu ter um tempo só para mim.

A fúria nasce, cresce, cria suas raízes quando vejo que estou amarrado à impossibilidade de conseguir aquilo que quero, nem que seja por um dia. E vejo que a cada dia que passa, menos livre para ter um dia desses serei, e mais atarefado, mais comprometido, mas resposável por algo ou por alguém serei, ao ponto de estar definitivamente colabado àquilo que me assusta: o fato de que existem tempos em que não somos donos do nosso próprio nariz.

É triste dizer, é triste ver isso acontecer, mas o fato é que quando me dou conta de que estou preso à isso, tenho que me inundar de momentos de fúria.

Obrigado. Até outro tempo.

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Antes que termine

Posted by Odir Macêdo Neto on 22:42
Belém, 30 de setembro de 2010.

Antes que o último suspiro de setembro seja produzido pelo corpo cansado e moído desse mês cansativo e "moitivo", é sempre bom deixar aqui algumas palavras, antes que termine o mês. Também é bom deixar as primeiras e últimas palavras antes do fim de semana que se aproxima. No caso, antes que comece a Festa da Democracia no Brasil.

É sempre comum ouvirmos alguém dizer por aí uma frase que, querendo ou não, é uma boa desculpa para terminar uma conversa, mas também muito ignorante, vamos combinar. Diz assim:

"Política, religião e futebol: não se discute!"

A frase, deve-se concordar, é do maior mau gosto. E da maior burrice também. Primeiro, porque muita coisa fica estagnada e parada na nossa política porque o povo prefere fechar a matraca que, sim, incomodaria muita gente se fosse uma vez aberta - como já foi em outros tempos. Segundo, porque algo tão importante e essencial na vida do ser humano, como a religião, é simplesmente negado e jogado às traças do tradicionalismo e da falta de senso crítico. Terceiro, porque deixar de falar de política, deixar de falar de religião, até aí, dá pra passar... Mas se até futebol que é o assunto mais falado no país e que, simplesmente, é a marca da nossa nação, por mais sem futuro que seja ficar discutindo sobre ele; se até do futebol o cidadão não quer falar... Então, tá complicado! 

Meu irmão, minha irmã... Pelo menos de futebol, você deve conversar de vez em quando. A questão é que as pessoas têm medo de falar de assuntos que sejam um pouquinho mais sérios! Eu não sei exatamente de onde vem esse temor. Um trauma, alguma tipo de confronto psicológico no passado de nossos pais e avós, alguma coisa do tipo, parece querer nos perseguir. As lembranças daqueles que um dia quiseram indagar a religião e foram calados, as imagens daqueles que um dia resolveram andar contra os rumos dos governos e foram torturados, as cenas daqueles que quiseram ter uma discussão civilizada com os irmãos do outro time e foram massacrados; essas memórias certamente afrontam as pessoas desse país. SÓ PODE!

Existe e sempre vai existir os que estarão com medo de falar e os que vão querer meter medo para que outros não falem. Esse discurso não vale nada. Essa é a verdade. A discussão, e quando eu falo em discussão eu não falo de vale-tudo, dedada no olho, puxão de cabelo, gravata, coronhada, beliscão no mamilo, essas coisas brutas e que no final são até engraçadas... A discussão, a conversa, o diálogo, a troca de ideias - esse sinônimo é ótimo - sempre valem a pena. É nesse rumo, pelo menos deve ser, que o Brasil, o Pará, o Amapá, o Ceará, o Rio Grande do Norte, Goiás, Mato Grosso do Sul, o Paraná, o Rio de Janeiro, o Espírito Santo, os estados que compõem a federação, serão, verdadeiramente, beneficiados e agraciados com a justiça e com a incorruptibilidade de nossos políticos.

Tá, tá... É um sonho... Mas vamos lá, vamos sonhar enquanto não temos imposto para pagar por sonho.

Domingo é o dia da grande festa. Não temos muito tempo para dialogar, discutir, conversar entre si. Mas façamos isso com nós mesmos. Refletir, não faz mau. Agir, no domingo, também não.

Eu já tenho minha reflexão. Eu posso até dizer para vocês que não vai ser agora, mas deixa para próxima. Se o Lula não inventar a candidatura de novo!


Fikdik (esse apelo não é o mais bonitinho, mas o que vale é a intenção).

Até outro tempo, cidadão.

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"Mas tudo passa, tudo..."

Posted by Odir Macêdo Neto on 01:54
Belém, 3 de agosto de 2010.

Sim, "tudo passará". Acredite; essa é uma das grandes verdades da vida. Já dizia uma sábia e estudiosa VJ da MTV, a qual prefiro não mencionar o nome por questões éticas: "Tudo passa, até uva passa". Eu sei, eu sei... Idiota, mas vamos relevar. Até a nossa raiva passa depois de um tempo de auto-análise. Até a nossa mente muda depois de umas doses de "Simancoll" - mandei uma caixa do medicamento para a dita VJ. 

Mudança significa passagem. E o que tem passagem, passa. As coisas passam pela nossa vida, as situações difíceis passam, os bons momentos passam voando, as lembranças passam pela nossa cabeça; o filme de nossas vidas, dizem, passa diante de nossos olhos quando passamos do lado da morte et cetera. Voltando a falar em mudanças... Até essas passam. Acredite, elas passarão. Ou você achou que aquela sua recalchutada ia passar isenta às nossas observações...?


O aluno estudioso passa de ano, o vadio não passa de primeira, mas se for de escola particular dá-se um jeito e logo ele passa; o aluno aplicado passa a madrugada estudando para a prova de daqui a duas semanas, o aluno esperto passa o olho na prova do aluno aplicado; o professor passa o famoso "visto" nos exercícios da aluna dedicada e passa a mão na bunda da aluninha danadinha. Já disse, tudo passa.

A dona de casa passa o dia cozinhando, o homem da casa passa o dia trabalhando, a dona de casa passa o dia cuidando da casa, o homem da casa passa o dia pensando em passar o rodo na dona de casa - ou não - e, enquanto isso, a mesma dona de casa passa a mão na cabeça do filho que passou o dia inteiro dormindo ao invés de estar pensando em com o que vai passar o resto da vida quando os dias de seus pais passarem desses para melhores.

Os dias passam, sabia? Os anos passam, e alguns poucos, eu devo admitir, param - para alguns, afinal de contas, um dia a morte passa. Há quem pare no tempo, há quem viva de coisa velha, aqueles que o povo gosta de falar "parece museu, vive de velharia", mas o tempo não pára para eles. Há quem viva passando o seu tempo falando porcaria, há quem viva brincando de passa-tempos para ver o tempo passar e não sentem o movimento das horas. Há quem torça para o tempo passar mais devagar, mas ele teima em apressar o passo. Há quem goste, quem desgoste, mas nada impede a passagem do tempo.


O que era belo, um dia vai passar também. Só que vai passar do belo, para o menos belo - pelo menos. A beleza, o vigor, a vivacidade, a energia - nessa hora vamos deixar os conceitos físicos para o físicos conceituados - passam. Uma hora, vamos ter que encarar que não somos mais os mesmos, que nossa aparência mudou, não caminhamos do mesmo jeito, não escutamos da mesma forma e nosso reflexo no espelho é diferente, até porque a nossa visão ficou meio destorcida - longa vida aos óculos.


Nossa opinião passa da direita para a esquerda e vice-versa. Nossa opinião passa desapercebida, nossas ideias passam por aí como se fossem passageiras, quando na verdade poderiam ter sido, verdadeiramente, visionárias. Nossa credibilidade passa, porque somos passivos a certos erros que podem nos crucificar eternamente. Nossa dignidade pode até permanecer, mas é difícil deixar de passar horas pensando nela; os moralistas que o digam. Nossa tristeza passa, nosso luto passa; pode ficar, mas passa. Nossa alegria é passageira, enquanto que nossa felicidade passa a vida inteira nos procurando e passamos a passar do ladinho dela e nem...

É... Passou.

Bom agosto a todos e até outro tempo.

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Ainda um cheiro de descanso no ar...

Posted by Odir Macêdo Neto on 23:31 in , ,
Macapá, 28 de julho de 2010.

Isso porque disse que eu ia postar mais vezes nesse mês. Mas se forem analisar o número de vezes que tenho postado por mês, ter dois posts em julho cumpre com a "promessa" que fiz. A questão é que nem sempre tenho o controle da minha vontade de escrever e não faço grandes esforços sobre minha cabeça para criar textos na hora que devo, no dia que me é obrigado. Durante o tempo de férias em Fortaleza, era muito mais agradável para mim escolher o sol, o mar e a praia para viver do que a tela do computador e um blog para cuidar. Agora que cheguei em Macapá, já curtindo a família e a terrinha, pensei  que teria mais tempo para mais coisas cá no blog, mas peguei uma gripe logo nos primeiros dias que, pelo amor de Deus, me deixaram de cama, com o corpo mole e cabeça doendo. Que situação.

Já estou me recuperando da surra que o vírus me deu, e algumas ideias para transformar em texto também têm surgido. Sem contar o tempo que aqui em Macapá passa devagar durante um dia e veloz durante a semana. Nessa brincadeira, hoje dei por mim que tenho só mais dois dias para estar ao lado da família e amigos para depois voltar a vidinha em Belém. Deu para aproveitar o tempo que estive aqui, não para fazer e ver tudo o que queria ou planejava, mas estou satisfeito com o que consegui. Abraçar pai, abraçar mãe, deitar no colo de mãe, receber carinho de mãe, de vó, reencontrar tio, tia, primo, prima, estar com amigos e até acompanhar minha tia nos hospitais. Bem interessante.

Agora, o que colocar aqui no blog hoje que é o negócio... Tenho umas fotos interessantes que bati em Fortaleza num dia de sol em que fomos à praia - seeeeempre -, junto com alguns cliques de autoria de minha prima, Larissa. Acho que vem a calhar como uma espécie de despedida do verão bem curtido desse ano. E também ajuda a preencher o espaço. A inspiração falha hoje, viu! Vamos às fotos:

Nunca pensei que diria isso, mas sim... Post mais para encher página, do que para outra coisa. Fazer o que... Estamos de férias!

Grande abraço e até outro tempo mais disposto. Por enquanto, prefiro evitar a fadiga.

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Agora Inês já é morta!

Posted by Odir Macêdo Neto on 18:40
Fortaleza, 2 de julho de 2010.
 

É, meu povo. Agora Inês já é morta. Já foi, já deu o que tinha que dar. Brasil perdeu, estamos fora e longe do nosso título de hexacampeão. Já choramos as pitangas e sobre o leite derramado, acabou. Danou-se. Fazer o que agora? Bom, para quem pode, vá curtir sua vida, vá viver sua história, entregue-se às suas férias e vá ler um livro. Para os menos favorecidos, que a vida teima em cagar todos os detalhes, lembre-se daquela sua conta para pagar, daquele seu parente enfermo, daquela goteira, daquele móvel quebrado, daquele amigo com problemas, dos seus problemas. 

O circo fechou, o pão acabou. Eu sei que esse discurso é bem démodé, clichê valendo, discursinho de baixo custo, mas veio a calhar no post, sem contar que produziu um efeito bem interessante no texto. Enfim, o que estou querendo dizer é que... Não é que a esperança tenha acabado, pelo amor de Deus, não falem isso. Não é que a vida se envolveu em trevas e é hora de morrer. Não façamos da derrota da nossa Seleção, ou de uma derrota em nossas vidas o decreto do carrasco, encaminhando-nos à guilhotina. Mas é isso aí, estamos fora da Copa, longe da taça; não que eu respeite a FIFA ao ponto de valorizar extremamente esse campeonato - e deixemos discussões acerca de possíveis corrupções à parte, não quero gastar meus dedos nisso -, mas muita gente no nosso país realmente contava com esse acontecimento e ansiava por sei-lá-o-quê que os fizesse mais felizes, ou menos tristes.

Repetindo: mas é isso aí. Os nosso problemas continuam, o Brasil ainda tem suas crises, ainda temos nossas contas, ainda tem sala, bar e quintal para limpar, ainda tem vestibular, prova, concurso, defesa de tese para acontecer, ainda tem criança para nascer, povo para morrer, um futuro pela frente e diante de tantas perdas, de coisas difíceis de aceitar, o melhor conforto que nos alcança o coração é saber que o sol vai nascer amanhã e temos um monte de coisas para fazer, e uma vida para viver, gente para cuidar, pessoas para amar.

Apesar da onda de teorias "Independence Day" e "O Dia Depois de Amanhã" em "2012", é bom lembrar... Até lá, não dá para ficar chorando. Até lá, Inês continua lutando por seus filhos.

Au revoir. Até outro tempo.


P.S.: Curtindo minhas merecidas férias; ao contrário de muita gente, justamente nesse mês vou tentar postar o máximo possível. Legal!

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Ensaio sobre Saramago

Posted by Odir Macêdo Neto on 11:26 in ,
Belém, 18 de junho de 2010.



Não sei se Portugal chora, se o Brasil lamenta, se a Ilha de Lanzarote, onde morava o gênio, está de luto. Talvez não fosse essa a atitude que Saramago gostaria de ver como resultado de sua morte. De repente ele preferiria que rissem à sua morte, não sei. Na verdade, sobre Saramago e companhia eu não sei muita coisa. Mas as suas obras realmente me cativaram e fizeram ter uma nova visão sobre literatura e sobre a arte de  manchar o papel. Um gênio e, ouso usar o clichê, um mestre.

Pode ser que, caso eu me converta de médico para escritor, eu cite José Saramago como uma grande influência. O que não é impossível. O único prêmio Nobel de Literatura da língua portuguesa saiu da carreira de serralheiro, mecânico, desenhista industrial e gerente de produção em uma editora para viver daquilo que pensava e escrevia. Uma inspiração. Talvez não um exemplo em sua totalidade, pelo menos para mim. Ateu confesso e comunista desde as fraldas, características levemente contrárias ao cristão e "capitalistazinho" que aqui vos escreve -  não há como negar, hoje em dia a gente respira o capital e carrega Marx no bolso, o que não garante nada.

Uma inspiração, um grande homem de ideias pra lá de profundas e que sabia usar as palavras de forma incomum. Ele reinventou meu pensamento e a minha escrita, acreditem. Queria tê-lo conhecido. Agora, fiquemos só na vontade.

Bom descanso, Saramago, e me permita continuar a usá-lo como critério para um post no blog.

Aos que permanecem cansados, até outro tempo.