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"O preconceito humano é detestável" disse a UFPA...
Belém, 7 de fevereiro de 2008.
O ser humano nasce, cresce, envelhece e morre. Essa é a tradicional estrada em que caminha o homem. Porém, no meio dessa "caminhada", parecem ter esquecido que nas entrelinhas existe o "aprender". E como na maioria das escalas, quando um item se faz ausente, toda ela se faz arruinada, e, como conseqüência, qualquer outra ação que se tente executar se torna impossível. O preconceito é fruto de uma dessas tentativas: a de tentar aprender a conviver.
O ser humano nasce, cresce, envelhece e morre. Essa é a tradicional estrada em que caminha o homem. Porém, no meio dessa "caminhada", parecem ter esquecido que nas entrelinhas existe o "aprender". E como na maioria das escalas, quando um item se faz ausente, toda ela se faz arruinada, e, como conseqüência, qualquer outra ação que se tente executar se torna impossível. O preconceito é fruto de uma dessas tentativas: a de tentar aprender a conviver.
Ele está presente em todas as situações possíveis e em todas as almas permissíveis, às vezes inconscientemente. É muito comum e fácil encontrar olhares repudiosos para quem se veste no meio de tantos cavalheiros e damas; para quem possui uma cor diferente, opinião diferente, ideologia a ser seguida diferente. O ser humano tem medo do diferente. Mas não do diferente relacionado ao novo, ao exótico, e sim do relacionado ao avesso, ao não igual.
Muitos são os que sofrem em ter que viver e, por que não dizer, aceitar a viver em meio a essas condições. Muitos também são os que, talvez de tanto sofrerem, optam por viver ao lado dos que os repudiam e passam a viver como eles. Custe o que custar. Esse é só mais um exemplo que prova o quanto que o preconceito está impregnado no mais humilde coração.
Há quem diga que, como se ama o amor e se odeia o ódio, o ser humano deveria ter preconceito do preconceito e ser preconceituoso com o preconceituoso. Mas não é essa a saída. Apesar dele ser detestável e as pessoas que o "praticam" também, não é sendo detestável que se vai chegar a uma solução. É detestando os próprios atos ruins, por menores que eles sejam, e mudando a própria natureza. Estúpido é aquele que diz ser imutável, pois ela é e pode mudar, sim!
Porque uma escala quando com todos os seus itens presentes se torna próspera.
Odir Macêdo Neto.